O dispositivo de Programação tenta aliar o critério de acessibilidade das obras a um público muito jovem ao imperativo de mostrar imagens que correspondessem a um leque de olhares extremamente diversos e claramente desapegados das linguagens padronizadas do cinema.
A programação, que se espraiará ao longo de um ano, abrange várias épocas e exprime diferentes ideias do devir da arte dita sétima.
Cada sessão será antecedida de uma apresentação por um interveniente convidado (realização, crítico, amante ou trabalhador do cinema) e seguida de um debate dinamizado pelo mesmo interveniente.
Pretende-se com este espaço de conversa fazer reviver a nacessidade de falar de e com o cinema, que tem vindo a desaparecer paralelamente à morte do associativismo cineclubista e ao aumento do consumo doméstico da videocassete, entre a sala de jantar e o quarto de dormir.
No horizonte das nossas expectativas colocamos a hipótese de olhar os filmes e não apenas vê-los, a experiência de uma troca de olhares pelo meio, tão difícil quanto exuberante, da palavra.
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